É sempre bom relembrar como entrei no mundo letrado: conheci as
letras de tanto copiar das marcas dos utensílios de cozinha e aprendi a ler
pelas páginas da Caminho Suave como a maioria de nós cursista e até o mesmo o
nosso tutor (comprei uma só para guardar de recordação). Para a leitura de
livros foi num passe de mágica digno da Fada Sininho do Peter Pan, foi tão bom
conhecer esse nosso lugar que era só meu, podia e posso ser o personagem que
quiser, voar sem ter asas: me identifiquei tanto com "Cazuza" (o
livro, só na adolescência pelo cantor) que li três vezes, já "A menina que
descobriu a América" foi para emocionar, a Coleção VagaLume então lia nem
que fosse com a luz de lampião (no sítio a luz faltava se ameaçava chover) e
tantos outros livros que me encantaram e encantam.
Para ter uma idéia estou fazendo mudança e cinco caixa, isso
mesmo, cinco caixas (dessas que vem com sulfite) cheias de livros. Acredito que
pelo fascínio que a leitura é em minha vida, a escrita não me atormenta tanto,
é mais por timidez que não coloco meus pensamentos a tinta. Durante o fórum no
Curso Melhor Gestão, Melhor Ensino li muitos relatos e tive afinidade com
grande parte deles: o contador de histórias, no meu caso, era meu avó materno
Simone
Alves Rodrigues dos Santos
Quando aprendi a ler, com a cartilha Caminho Suave (que adorava!),
foi maravilhoso. Gostava muito de ler placas de trânsito e propagandas e ficava
todo o tempo perguntando para minha mãe o significado das palavras. Passava
muito tempo lendo gibi da Turma da Mônica na Biblioteca Municipal. Gostava mais
de ler do que de escrever. No entanto, as professoras elogiavam minhas
redações, sempre escrevia bem e tinha poucos erros de ortografia, mas o auge
foi na 6ª série, quando a professora de Português separava uma aula por semana
para Redação, inclusive tínhamos um caderno só para isso. Um belo dia ela falou
em voz alta na classe que a minha redação sobre o tema Escola que eu estudo (se
me lembro bem) foi a melhor e queria que eu a passasse para uma cartolina que
ficaria em exposição no corredor, me senti o máximo!!
Ednamara
Dnévia Félix Barbosa
Não me recordo em minha casa de termos livros, aliás, esse era um
artigo de luxo naquela época. Meus primeiros contatos com os livros foram mesmo
na escola. Para acompanhar as aulas era necessário comprar os livros didáticos,
que eram caríssimos, mas sempre se dava um jeito, meus pais compravam por um
preço bem mais em conta os livros usados das turmas do ano anterior, (já que
éramos dois em casa). Na escola quase nunca lia os livros que queria e sim o
que era imposto pelos professores, acho que por isso não foi prazeroso ler
naquela época. Portanto hoje entendo que: Ler é uma tarefa mágica, com a
leitura abrem-se as portas para a imaginação, tornando possível a realização de
sonhos inimagináveis, a descoberta de culturas diversificadas, o encantamento
dos sentimentos e a troca de saberes e experiências.
Silvia
Elena M. Codognoto Bérgamo
Tenho muitas dificuldades em escrever textos e em ler qualquer
coisa. Por isso admiro pessoas como a jornalista e escritora Danuza Leão que
diz: "Adoro ler, e leio qualquer coisa que chegue às minhas mãos, de
bula de remédio a dicionário, é uma mania. Mesmo na infância, não brincava de
boneca nem de casinha, mas devorava revistas em quadrinhos e livros. Só queria
ficar no quarto lendo, lendo, lendo." Queria gostar de ler mais livros
literários, pois os que li sempre foram porque me cobravam.
Outro depoimento que me chamou atenção é do pintor Newton Mesquita
“Você fica imaginando os lugares, as situações, os personagens –alguns
tornavam-se amigos íntimos meus” que me fez recordar das leituras e
trabalhos feitos com a professora de Língua Portuguesa da 5ª série, sobre os
livros da série Vaga-lume (A Ilha Perdida, A Vingança da Cobra, Spharion, O
Caso da Borboleta Atíria,...). Esses livros me fascinavam. Quando entrei na adolescência comecei a ler mais livros de gêneros
diferentes e os que eu mais gostava eram romances. Depois começou surgir a
necessidade e a grande importância de uma boa leitura para se expressar no
mundo do trabalho e no dia a dia. Hoje, o mais difícil é achar tempo para ler
os livros que considero “prazerosos”.
Magda Aparecida Lovatto Celestino
Minhas primeiras experiências com livros aconteceram na
escola. Minha mãe foi leitora assídua e incentivava nos filhos essa prática.
Acredito que isso também aconteça com muitos de meus alunos, dessa forma
procuro incentivá-los ao máximo. O primeiro livro que me “entrou” profundamente
na alma foi “Meus pé de laranja lima”, que viria a reler muitas vezes depois e
recomendá-lo a todos os meus alunos. Agradeço profundamente a José Mauro de
Vasconcelos por despertar em mim a paixão pelos livros e pela leitura. Ler, para mim, é entrar em outros mundos, viver realidades
diferentes das minhas ou que se aproximem dela e me faça sobre ela refletir...
É viver sonhos, compartilhar aventuras, aventurar-se! É tarefa essencial para a
escrita.
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